BREVE HISTORIAL DO PARQUE DE AUTOMOTORAS A VAPOR DA CP
A tração a vapor em Portugal, aconteceu num período de cerca de 130 anos, iniciando-se em 1856 por intermédio da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses e até 1977 com a CP, sucessora da Companhia Real e isto na via larga, porque na via estreita tivemos comboios a vapor entre 1875 e o início da década de 80 do século XX..
Quando se fala em tração a vapor, logo associamos locomotivas só, mas na realidade no início do século XX várias redes europeias também tiveram automotoras a vapor e Portugal também teve 2 pequenas séries, que tiveram vida curta, à semelhança do que aconteceu na velha Europa. Realmente, no concreto, as Automotoras a Vapor, não vingaram tão bem, como as automotoras térmicas, elétricas e híbridas.
Automotoras a Vapor de Via Larga
Série Purrey
Pequena série de 4 automotoras com apenas 2 eixos, foram construídas pela casa francesa Purrey em 1904, fizeram carreira na Linha do Oeste e na Linha de Vendas Novas. Tiveram imensas avarias e não aguentavam levar a reboque uma carruagem, quando havia afluxo grande de passageiros, A CP abateu ao parque todas as 4 de maneira rápida, logo em 1910, tendo sido transformadas em carruagens simples de 2 eixos. Não é conhecida nenhuma numeração que possa ter tido. Nenhuma automotora foi preservada para fins museológicos, o que é de lamentar.
Série 1000
a)
Construídas em 1906, foram um produto da casa alemã Borsig e foram adquiridas pelos Caminhos de Ferro do Estado – Direção do Sul e Sueste que as fez circular no extinto Ramal do Seixal. Chegaram à CP em 1931, que lhes atribuíu a numeração 1001 a 1002, foram desmanteladas na década de 40 do século passado. Também nenhuma foi preservada para fins museológicos.
a) no esquema, figura a livery quando estava nos CFE-SS.
© 2020 – Conceção do Departamento de Estudos da LUISFER
Desenhos das automotoras – Agradecimento e cortesia de Eugénio Santos
Bibliografia consultada – Vapor em Portugal de Manuel Luna